segunda-feira, 21 de setembro de 2009

O Mundo Subterrâneo do Mill's Castle I

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Agora que tudo se aquietara se fez ouvir a voz baritônica do Archeduke de Paysandu & Algarves que era nada mais ou nada menos que a encarnação do Senhor dos Portais Y Varais: "Silêncio seus filhos da Musa e nos preparemos para ouvir os sons maviosos das quinze baladadas PM que anunciam a abertura dos Portais do Castelo". A cada badalada o Archeduke empunhetando enorme cajado batia com o mesmo solene e forte no solo pátrio marcando o compasso do tempo. A patuléia de um cortiço algo distante olhava sem ver e escutava sem ouvir. Terminado o ato solene surgiu Seu Sésamo guardião das chaves e manejador da rococolesca aldrava do primeiro portal dizendo: "Que desejam de mim tão nobres creaturas? "Ao que respondeu o Barão ingênuo e precipitado: "Abre-te Sésamo!"
"Abre o que ?" disse o guardião. Exasperado, interveio o Marques de Marcio, homem culto mas de pouca paciência e muita objetividade: "Porteiro abre logo esta m... porque o tempo se esgota e quem banca sou eu, em frente...vamos!
Ao ranger dos gonzos vislumbrou-se, através de tênue e lúgubre neblina, temerosa escadaria que descia aos ínferos dos ínferos que nem o próprio Dante seria capaz de descrever. Um escalafrio desceu célere do cocuruto ao curocuto de cada um dos fidalgos antecipando os horrores que estavam por vir...

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